quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Soneto sem título



Impossível ignorar a tua ausência,
Tu que eras a minha contraparte,
A outra metade da minha essência,
Por que enfim me abandonaste?

Nas noites frias, solitárias
Ou nas festivas, baladeiras
Do meu cheiro tu não desgrudavas
E tampoucou eu ti abusava.

Fostes tu na brisa que passou...
Não sei se ainda voltarás,
Se ainda meu peito te tragará.

Sigo em frente com o que não restou:
A carteira vazia, a fumaça, as cinzas,
O café preto e as doses sem nicotina.

Giva St

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