quinta-feira, 31 de março de 2011
Desfilando as cores da paixão
Erro?
Maria sadia
O mesmo que vida, na vida!
Sadia era ela, Maria!
Sadia! Sadia!
Oh paixão, que fizeste com tal honra?
Que colocastes a perder da vida?
Oh, não a deixes assim, tenho pena de Maria.
Ela era sadia!
Maus lençóis, vida corrente
Soube assim, tão somente.
Não mente Maria, tu eras sadia!
Correste no prazer de um homem
Homem... Homem?
Que homem, oh desgraça?
Homem não some, nem se esconde.
Homem sem ti, é lobisomem,
E tu sem homem, és Maria sadia!
(Tassi)
Ensaio sobre o Amor
Começamos pela minha definição de Amor: Sentimento que nasce quando é doado, cresce quando é cultivado e permanece. Sim, permanece! Só que nesse mundo frouxo e moderno dizer ''eu te amo'' é normal, é banal... E não dizem por que amam, dizem por que o companheiro necessita ouvir essa palavra mágica que enche o coração de fantasias.
Há quem espere pelo príncipe encantado, pelo amor à primeira e última vista, pelos homens perfeitos pra casar. Há quem espere simplesmente pelo AMOR, puro e inocente.. Aquele que é pra vida toda. Minha mãe já dizia que toda panela tem sua tampa e que os bons maridos são os bons filhos.
Amar é pra quem está disposto. Os verdadeiros e melhores amores sempre tiveram um desafio enfrentado. Só lembrar de personagens da Literatura Universal, não são esses os amores perfeitos? Os amores ficcionais e que fantasiamos no nosso mundo do possível? Para amar não existe uma fórmula. Para encontrar o amor existe uma lei: Espere, ele virá.
(PontoFinal)
(Rosseane)
RECÔNDITO SENTIR
13ª POESIA TARJA PRETA
FONTE: ACADEMIA ONÍRICA
quarta-feira, 30 de março de 2011
Grito
(Suzianne Santos)
terça-feira, 29 de março de 2011
ERA SONHO!
Foi lindo, sol, luz e mar
Sonhos de princesa, desvaneios
Calor e mistério
Preenchido ao espaço celeste
Asas da noite e da esperança
Viveiro da imaginação.
Broto do amor alimentado
Por uma simples e clara luz.
Era o caminho, era a transcendência
Que ultrapassava meu próprio corpo.
Foram asas batentes
Que me tranportava ao inconsciente,
A um mundo alto e sensível.
Foi você quem me levou!
Lá, na vasta nuvem que se estende por todo o universo.
Fui alto e ao impossível
Carreguei com você a força e o imenso.
Não existia estratégia e frustração!
Era apenas vida e passos.
Era doce, era bom
Era um sonho
Sonho e imaginação
Hesitei sem ao menos saber que foi você
Você!
Você, oh alma insensata
Sem tamanha gratidão
Cruel e que hoje me enfuriou.
Foi embora sem ao menos me dizer um não
Ou um adeus
Covarde é para mim
Covarde será.
Caminhei ao escuro, ao estreito, ao fim da luta.
Caí por completo
É frio e amargo agora
Incontestável, tedioso
Fim de qualquer esperança.
Venha aqui! Olhe e ria do que foi capaz!
Tristeza que me envergonha.
Não me pareço mais aquela
O brilho se foi, a tempestade me tomou.
É só chuva, são só lembranças.
Sou agora uma alma contando
sobre a outra alma que se libertou.
Foi você a doença
A dor antecedente, a grande cicatriz.
Desenhei em minha mente
O sonho mais brilhante e mais
Grandioso possível.
Sonho que soa fraco e sombrio agora.
E assim será!
Veja e sinta o meu desespero
É pra ti que eu apresento a minha palidez!
(Tassi)
OCULTO
Nas voltas que o mundo dar, sinto - me cada dia mais entregue a existência. Talvez não faça sentido me entregar a esse subterfúgio familiar pois não é a primeira vez que me acontece. E isso aos olhos de quem não sente, ou seja, aquele que em mim não habita para sentir as mesma palpitações que me aflingem, Estaria tudo perdido?! Como saber?! Devo-me entregar a angústia... Caçando e Explorando o meu "eu" mais profundo, busco infinitas formas de me sentir viva. Sim! Seria a real escolha para viver a minha vida. É... Sinto -me viva! Mas como isso pode acontecer?! Se no momento se encontra morto em mim, Sem enxergar-lo! É... Pensar nos momentos de desespero, talvez seja impossível! Pois tudo não faz o menor sentido! Apenas contenho os meu sentimentos mais profundos, sem nem mesmo suportar a angústia de não entender nada do que se passa... maqueio e os torno imperceptível aos olhos de quem me cumprimenta, ou mesmo de quem tem convivência comigo. Daria isso o nome de Farsa?! ou tornar fácil o fato de existir e não desistir da única certeza, a morte! É... talvez seja igenuidade e eu não esteja encarando da forma correta o que foi posto na minhas mãos, a vida! Foi duro consegui-la de volta. Continuo cá, no que seria superficial diante do mundo, algo profundo, um sentido, que quem sabe não faça sentido, resta à mim buscar. Afinal, é a mim que as sim ou não ilusões pertecem!
(Tâmara Rafaelle)
Carta de Repúdio à Mídia “Chapa Branca” do Piauí.
A Universidade Estadual do Piauí passa por uma situação de descaso e sucateamento há muito tempo. Desde setembro do ano passado, estudantes, professores e servidores se uniram na campanha SOS UESPI. Este ano a campanha iniciou com a paralisação dos professores por total falta de estrutura, o que levou uma reação em cadeia e várias manifestações. No entanto, alguns meios de comunicação local têm usado os fatos de forma sensacionalista e, por vezes, distorcidos.
E nós, que compomos a campanha SOS UESPI, assim como as entidades estudantis e trabalhistas que contribuem com o movimento, nos manifestamos contra a criminalização deste movimento na mídia. Os chavões e erros propositais tem sido a pauta dos meios de comunicação local. Como por exemplo, o uso da palavra “invasão” da reitoria, quando na verdade estávamos ocupando um espaço público. E mais sinicamente, quando portais noticiam que nossa manifestação era para barrar a reunião do conselho universitário, quando, na verdade, estávamos exigindo a nossa participação na reunião.
A prática dos meios de comunicação, que deveriam servir como bem social, chegam a sua mais suja face, quando o Secretário de Educação do Estado, Átila Lira, exigiu dos meios de comunicação local, que não sejam noticiadas quaisquer matérias que façam menção às manifestações de estudantes e professores da UESPI.
Sabemos que a concentração dos meios de comunicação está nas mãos de empresários, que por sua vez, tem interesse em manter o status quo junto com o governo. Queríamos lembrar aqui, que a comunicação deveria cumprir seu papel social da pluralidade, no entanto, ela está servindo aos mandos e desmandos do governo do estado e empresários locais.
Repudiamos a criminalização da campanha SOS UESPI na mídia, repudiamos forma como algumas noticias têm sido abordadas, sempre em apoio ao governo e seu projeto de desmonte da educação publica. Repudiamos o sensacionalismo usado como ferramenta de venda pelos jornalistas locais, repudiamos esse modelo concentrados dos meios de comunicação e falta de democracia nos mesmos.
Repudiamos também a forma como o governo se utiliza dos meios de comunicação para desviar o foco da Campanha. Um claro exemplo disso é a matéria veiculada na manhã desta terça-feira pelo jornal Meio Norte, que isenta o governo de toda a culpa pelo caos que aflige a nossa universidade. A crise na instituição não é somente um problema de gestão administrativa da UESPI, mas é também um problema de gestão do estado do Piauí.
A Campanha SOS UESPI é uma campanha em DEFESA da UESPI, e por isso, repudiamos a forma que ela vem sendo mostrada por alguns veículos de comunicação, como um movimento de baderneiros ou vândalos que “invadem” alguns espaços. Todavia, as manifestações não irão parar e a luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade, vai continuar e ganhará forças, porque lutamos em defesa da sociedade piauiense.
MOVIMENTO ESTUDANTIL DA UESPI
Nota de paralisação
Nota sobre a Paralisação dos Professores e Técnicos da UESPI
A situação da UESPI é alarmante, falta desde material básico (pincéis, papel, carteiras, etc) a salas e professores efetivos. No interior essa situação é ainda mais grave, em Picos, por exemplo, o início das aulas está ameaçado por não ter salas suficientes. Essa situação se dá pois a UESPI não possui autonomia financeira, ou seja, sofre com a falta de verbas e com a impossibilidade de decidir como aplicar os seus recursos.
Por conta disso a UESPI já teve mais de 20 cursos que não foram reconhecidos pelo Conselho Estadual de Educação do Piauí. Para mudar essa realidade, estudantes, técnicos e professores iniciaram desde o dia 20 de Setembro (2010) a Campanha SOS UESPIpara chamar a atenção da sociedade. A campanha já organizou aulas públicas, audiência junto ao Ministério Público e debates. Além da ANEL, participam dessa campanha: ADCESP (Sindicato dos Docentes da UESPI), CA de Comunicação Social, CA de Direito, CAs de História (Torquato Neto e Clóvis Moura), Coletivo ENECOS-PI, Coletivo Movimento dos Estudantes da UESPI (MEU), CORAJE (Corpo de Assessoria Jurídica Estudantil), Núcleo de Educação e Movimentos Sociais da UESPI e o DCE do Campus de Picos.
Nem o Governador Wilson Martins (PSB), nem o Reitor Carlos Alberto (PT) e muito menos o Secretário de Educação Átila Lira (dono de várias Faculdades) estão preocupados com a UESPI, pois não tomam medidas concretas para solucionar os graves problemas. Ao invés de contratarem mais professores efetivos, por exemplo, farão concurso para temporários que não possuem direitos e não podem orientar estudantes em projetos de pesquisa.
No dia 17/03 os professores aprovaram em Assembleia Geral uma paralisação por quatro dias por melhores condições de trabalho. A ANEL apóia a luta dos professores e técnicos e faz um chamado para que os estudantes e suas entidades na UESPI se mobilizem e reivindiquem melhorias junto aos trabalhadores. Queremos uma universidade que garanta o direito a ensino, pesquisa e extensão de qualidade e a permanência dos estudantes com assistência estudantil (bolsas, restaurantes, residências, creches...).
Exigimos:
- Mais verbas para a UESPI já! Fim dos incentivos fiscais às Faculdades do Sec. de Educação Átila Lira e demais tubarões do ensino no Piauí!
- Melhores condições de trabalho para professores e técnicos da UESPI! Concurso público para efetivos desses setores já!
- Entrega imediata da Biblioteca do Campus Torquato Neto e construção de novas unidades, devidamente equipadas, nos demais Campus já!
- Restaurantes universitários com preço de bandejão acessível e subsidiado; Isenção de cobrança para estudantes com pais de baixa renda;
- Laboratórios funcionando com equipamentos e com apoio técnico especializado (servidores efetivos)
- Salas de aulas com climatização agradável
- Moradias Universitárias;
- Mais e melhores bolsas-trabalho
- Creches para os filho(a)s de estudantes e trabalhadore(a)s da UESPI;
- Eleições diretas para Reitor, com voto universal;
- Paridade na composição dos órgãos colegiados e escolha democrática dos representantes;
- Participação nas discussões sobre o processo de elaboração e implementação do orçamento;
- Prestação de contas sobre atos administrativos e financeiros em linguagem clara e acessível;
segunda-feira, 28 de março de 2011
Um bicho do mato...
Uma pequena homenagem aos amigos da Banda Validuaté, Teresina/PI. Um abraço a todos.
Sou das brenhas o calor da apartação
O chocalho ligeiro da novilha
Avoante trancado na armadilha
Carcará violento do sertão
Obriguei usar chita Lampião
Fui da gripe o remédio lambedor
Ensinei a Da Vinci a ser pintor
E Gonzaga a ser rei dos sanfoneiros
Sou a fé que conduz três mil romeiros
Eu sou bicho do mato, sim senhor!
Sou o beijo roubado da donzela
E sou fogo que cria esse pecado
Sou o Rio Parnaíba esquartejado
E Cabeça-de-Cuia sentinela
Arrastado dos sinos da capela
E poeira do xote dançador
Sou cordel declamado com fervor
Bem no centro da feira em Teresina
Cajuína gostosa e cristalina
Eu sou bicho do mato, sim senhor!
Eu sou vale profundo e bom de terra
A nascente que leva a água santa
A criança que cai e se levanta
E trás paz com uma rosa em plena guerra
Sou poeta que acerta e também erra
Um punhal que dá risco em cantador
A peleja sincera sem ter dor
Numa simples e bela cantoria
Sou pra ti, sol em noite, lua em dia
Eu sou bicho do mato, sim senhor!
(João Rolim)
domingo, 27 de março de 2011
A sina do namorador
Eu, passeando pela praça, todo suadento
Num andamento bem andado, muito matutando
Quirinizando sobre a vida, de sapênça feita
“Se desenfeita minha sina, por não ´tá amando?”
Sou doutorando de solteiro, rabichando as saias
Que ‘ocê me atraia com macumba de vez, sempre em quando
Pois vá pensando que meu jeito você assassina
Minha menina, não sou flor que você ´tá cheirando!
Dou piscadela, pra donzela se desdonzelar
Anamorar, cantarolando uma luxuridade
A claridade de faísca todas nas paredes
E minhas redes balançando de felicidade
Sonoridade de gemidos bem acordeados
E cadeados pelos braços presos de vontade
Na vaidade dos pecados dessa belezura
Uma frescura de suor e de viscosidade
De manhãzinha, ouço a chuvinha pelo meu terreiro
O Juazeiro vem dizer que quer florar mais cedo
Pelo arvoredo, vou contente pela vida mansa
Que não se cansa de beijar e nem pedir segredo
Vou pro folguedo namorar com Sinhazinha Rosa
A caridosa que mais eu, atua nesse enredo
Estalo o dedo, bem faceiro, mostro a posição
Quando o rojão se papocou, eu nem tinha mais medo
“Seu Zé Pequeno, bote um dedo de fogo de cana
Que Mariana vem mais tarde pra nós se amarrá
E se juntá ela mais eu, não fica nada em pé
Nem buscapé tem mais quentura que meu namorá
Me traga um taio desse umbu, pr’eu tirá esse bafo
Já engarrafo, tomo outra, pode pendurá
Meu naturá é ser danado, como diz meu pai
E se ela cai, daqui não sai, inté eu lhe deixá”
Volto pra casa, bem contente, todo lambuzado
Pra ser amado por Maria de compadre Zé
Se cafuné não me derruba, não derruba nada
Nem punhalada de compadre, quando ele der fé
Mas no sopé do meu terreiro tem um canto escuro
Que me misturo com Maria que nem dois relé
Meu pangaré me dá guarida, provando amizade
E a docidade de Maria vira um picolé!!!!
(João Rolim)
As lágrimas
Do sertão
Pra ser homem, ser macho do sertão:
Tem que ter um cangote a se beijar
Tem que ter um café, um cochilar
E uma rede gostosa no oitão
Ser de vera e querer ser simples João
Com Maria esperando em furta-cor
Ter esmola de poesia pra compor
E lhes dar com sinsera e boa lua
Não fazer presepada sem ser sua
Ser feliz: declamar num mar em flor
(João Rolim)
Desejos a gosto
Desejos a gosto...
Vêm nesse dito mês.
Afora mito e desgosto
E de muitos a contragosto
Eu surrupiarei.
(Ana Catirina)
Versos livres, presos em mim
Ando fazendo poesias de versos livres
tão livres, que elas não se contentam apenas com o papel.
Elas parecem buscar algo, parecem querer o céu.
São palavras que saem da minha boca, que não se escreve.
São idéias que não são pensadas
São vivências que nunca se teve.
Quiçá eu prendê-las em mim
seria bem melhor e menos constrangedor.
Eu evitaria as dores que sente um poeta
levaria apenas minha vida quieta.
Seria apenas eu em mim
seria livre por dentro.
seria dor sem fim.
(Breno Cavalcante)
sábado, 26 de março de 2011
Uma alma apenas
Quando se chega o fim de uma passagem?
Somos avisados? sentimos o frio da foice
ao transpassar pelo nosso peito?
resume-se a vida em segundos pelos nossos olhos?
É claro que não se sabe, não se percebe, nem se vê
Nem se mede a vontade de sabortarmos de uma vez
este plano de milhagem que nos é destinado
na certeza da liberdade única ser alcançada
Mas se fosse simples e não causasse tanta dor
se perder nesse torpor pela eternidade
Mas dor também é deixar de dançar na chuva
ou de sentir o carinho de suas companhias
e a vida que segue contraditória, pois nos mantemos nas certezas
de o que nos falta, nos fortalece, mesmo que teu coração pule
atrás dessa nuvem de sensações e anseios
porque na verdade você não quer discutir a filosofia das coisas
ou o porquê da existência, você só quer saber o que você é
a medida que você alcança, nos sentimentos das pessoas
e quando isso se reverberaa, é um deus nos acuda de felicidade
há tempos isso se desprendeu de mim e o eco salvador só destoa
à toa gritar por motivos inocentes e inconsistentes
longe de mm, longe do amor distante de tudo
sobretudo da vontade de continuidade
essa hora a efemeridade das coisas se justifica
e não adianta segredos e sabedorias que desencantem o pesar
a condição em que o amor é colocado gera a crise
e na verdade cansa, cair na dança do ruir, do arruinar
rasgo esse fervor urticante de mim: vende-se alma
ruída, calejada, derrotada. preço a combinar
(André Café, contribuição ideológica Cida Mello)
Ser Por Vir
Uma vez me contaram uma história
De um pequeno, sedento grupo e são
São de mágoas, tristeza e ilusão
Mas doentes de amor, paixão notória
Pra ser épico, soneto em verso e glória
Não precisa ser grande e sim completo
Ser assim: de uns poetas do afeto
Ser um sim, nunca um não nem um talvez
Ser Por Vir, ter na sina a sensatez:
Sociedade inteira, em mesmo teto.
(João Rolim)
sexta-feira, 25 de março de 2011
MANHÃ
A MANHÃ SE APRESENTA SINUOSA
LENTAMENTE TÊNUE SE CONFORMA
BEM TE VI NO TELHADO ENTOA ACORDE E ARRUFOS DE ESPERANÇA
O TEMPO GIRA
E A CABEÇA DA MENINA DESPERTA
CAPTURA SONHOS EM TRÂNSITO
SORVE O AR DAS ROSAS DISPOSTAS NO CANTEIRO
NA MANHÃ ELA MEIO TORPE AINDA
PERGUNTA-SE SOBRE A TRAMA HUMANA
REINAÇÃO ?
DESTINO ?
SERÁ O COMEÇO OU SERÁ O FIM ?
(Ana Catirina)
MA
O meu amor não é mentira
O meu pequeno amor não é mentira!
Pode até ser um amor louco e bobo,
de quem dar os primeiros passos na vida...
Mas não é falso não. Ele só é simples e confuso...
Ele é todo atravessado.
O meu amor não é mentira não;
tenho uma paixão arrebatadora que me deixa sem ar;
eu quero tanto mais tanto o “nosso estranho amor”
que busco forças grandiosas para não correr do medo de querer o para sempre,
com uma pessoa só. Todo esse bom sentimento que sinto por ti...
Achado dentre os perdidos largados é verdadeiro, menina/o.
Ele só é um muito tentando caber no meu pouco ser desorganizado.
Ainda não sei se o que sinto é amor, mas sei que entre os meus certos e errados...
Parte dos meus certos é estar com você.
(Carpaso)
Domingo
Mas de qualquer forma... Isso é tão confuso
que eu só consigo me imaginar pulando pela janela.
Muito do que se sente, é preferivel que vire apenas link...
porque caso vire algo mais, lá na frente só destroços restarão.
Então deixa tudo como está...
deixa quieto esse amontoado de toxinas que sai do meu coração.
( Lana Cristina)
quinta-feira, 24 de março de 2011
Sete Cidades
Haja Tempo
(Carpaso)
quarta-feira, 23 de março de 2011
GIRÂNDOLAS
O meu, o teu desejo
Molha com o fogo desse olhar, minha rigidez
atua, brincando com teu tocar sede sedento
minha voraz vontade e insensatez
derrama carne se faz perfeita em movimento
foge ao encontro das minhas fantasias
incide maliciosamente sua ternura
afeta-me em voltas de demasias
as curvas suas que desaguam em loucura
e sofro com provocações menina
que a inocência me mente
ao passo que em nós alucina
o fervor da pele presente
ah! que tudo isso se passa
na verocidade de desejo
a língua infesta, devassa
o ar que se perde em beijo
(André Café)
segunda-feira, 21 de março de 2011
Colibri
Zas
Quero estar em todo lugar, sentir todos os cheiros, expor meu exagero em atos de borboletas, correr jardins de girassóis que não nasceram no meu quintal, sorrir pro vento e esperar que alguém veja e sorria de volta, como acontecia antes da história do cansaço.
Quero sentir a bebida descendo quente na minha garganta e apoderando do meu corpo, do meu andar, das minhas palavras e do olhar, até que fique tão transparente que minha verdade saia saltitante pros confins do começo.
Quero a noite pra me esconder se for preciso, não se pode publicar libertinagens nas linhas de uma moça-flor, mas me diga cara florzinha, acreditas no amor, nem deveria, ele prende e salva, ele dá e toma, mas quem conseguir viver sem ele vai ter a sorte que se tem antes de tê-lo.
Quem quiser que me acompanhe, quero ver o dia nascer.
(Lara Medeiros)
sábado, 19 de março de 2011
Capaz
Construir nosso castelo
É impressionante ver como nos transformamos...É inegável o quão bobos somos em dados momentos da vida...É relevante o quanto as lascas que a vida nos tira nos deixam mais belos, mais fortes...É inegável que as pedras atiradas em nós são as mesmas usadas para construir nosso castelo... Parece que finalmente a garota boba cresceu! Eu me negava a acreditar em maldades, em desamor em desesrespeito, mas depois de provar o fel do mundo diversas vezes é chegada a hora de crer que ele tem dois lados...Ainda acredito que a maioria das pessoas são boas, mas percebi que a minoria faz estragos ás vezes irreparáveis. É garotinha tá na hora de virar adulta...Pessoas perfeitas não existem, tampouco príncipes encantados... A melhor forma de ter uma boa surpresa é esperar pelo pior!
(Márcia Costa)
Homenagem a Dwayne McDuffie
Se você faz um personagem negro ou uma personagem feminina, ou um asiático, então eles não são apenas aquele personagem. Eles representam a raça ou o sexo, e não pode ser interessante, porque tudo o que eles fazem tem de representar um bloco inteiro de pessoas. Você sabe, o Superman não representa todas as pessoas brancas; nem o Lex Luthor. Sabíamos que tínhamos de apresentar uma série de personagens dentro de cada grupo étnico, o que significa que nós não poderíamos fazer apenas um livro. Tivemos que fazer uma série de livros e tivemos de apresentar uma visão do mundo que é mais ampla do que o mundo já vimos antes.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Exorcizo te,omnis spiritus immunde,in nomine Dei .
Eu que já te vomitei em miúdos,vou te esfoliar da minha pele e te descarnar das minhas unhas. É que aquele teu corpo que de todo era meu,esvaiu-se de mim e a minha alma que te respirava por inteiro anda com uma preciosa disposição ao esquecimento.
Exorcizo te,omnis spiritus immunde.
Sai ,vai embora com a enfermidade das tuas ilusões,vai de reto,que no certo há quem compartilhe da tua previsibilidade de espírito.
Exorcizo te,omnis spiritus immunde.
A porta não está mais à espera e nem os teus passos à escuta,vai e leva contigo os nossos suspiros que pairaram nesse passado que não foi ,que agora eu vou desconjugar todas as minhas vontades pretéritas de te por no meu futuro.
Exorcizo te,omnis spiritus immunde.
Vai,sai da frente do meu espelho ,vai de reto,que é certo o meu desejo de topar com meus olhos e zombar dessa piada quase trágica.
Exorcizo te,omnis spiritus immunde.
As entranhas ainda quentes , traidoras e incovenientes traçam a racionalidade mínima dos meus instintos.Provarei a mim mesma que os impulsos precisam de pulso forte para terem sua essência tempestiva retraída.
Exorcizo te,omnis spiritus immunde.
Sai,vai ,nem que seja num silencioso calafrio,vai de reto,que no certo eu desconjuro minha libido e te expulso dos meus sentidos.
Exorcizo te,omnis spiritus immunde.
Minha voz descrente perdeu-se nessa ladainha.Exorcizo te omnis.Do amor, a sobra tardia.Exorcizo te omnis. É a fé de quem mente mil vezes repetida.
(Vanessa Feitosa)