sexta-feira, 11 de março de 2011

POEMA ALCOÓLICO




Mais uma vez está escuro.
Estou bêbada,
dormente,
cheia de fumaça,
inalando fumaça,
soltando fumaça.
Essa fumaça branquinha
que depois enegrecerá meu peito,
meus pulmões.
Me matará,
Me relaxará.
As luzes piscam no quarto escuro,
os carros descem a rua e os faróis iluminam meu quarto,
e não me iluminam,
me cegam.
Estou bêbada,
dormente.
E as luzes se apagam e se acendem
ao meu toque.
Toquei.
Apagou-se tudo.

(Iúna Gabriela)

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