sábado, 26 de março de 2011

Uma alma apenas




Quando se chega o fim de uma passagem?
Somos avisados? sentimos o frio da foice
ao transpassar pelo nosso peito?
resume-se a vida em segundos pelos nossos olhos?

É claro que não se sabe, não se percebe, nem se vê
Nem se mede a vontade de sabortarmos de uma vez
este plano de milhagem que nos é destinado
na certeza da liberdade única ser alcançada

Mas se fosse simples e não causasse tanta dor
se perder nesse torpor pela eternidade
Mas dor também é deixar de dançar na chuva
ou de sentir o carinho de suas companhias

e a vida que segue contraditória, pois nos mantemos nas certezas
de o que nos falta, nos fortalece, mesmo que teu coração pule
atrás dessa nuvem de sensações e anseios
porque na verdade você não quer discutir a filosofia das coisas
ou o porquê da existência, você só quer saber o que você é
a medida que você alcança, nos sentimentos das pessoas
e quando isso se reverberaa, é um deus nos acuda de felicidade

há tempos isso se desprendeu de mim e o eco salvador só destoa
à toa gritar por motivos inocentes e inconsistentes
longe de mm, longe do amor distante de tudo
sobretudo da vontade de continuidade
essa hora a efemeridade das coisas se justifica
e não adianta segredos e sabedorias que desencantem o pesar

a condição em que o amor é colocado gera a crise
e na verdade cansa, cair na dança do ruir, do arruinar
rasgo esse fervor urticante de mim: vende-se alma
ruída, calejada, derrotada. preço a combinar

(André Café, contribuição ideológica Cida Mello)

Nenhum comentário:

Postar um comentário