sexta-feira, 8 de julho de 2011
Lanterna do Mar
Ao longe na calada da noite o velho barquinho seguia, sua vela não brilhava nem o leme funcionava. Assim como quem espera uma porta qualquer se abrir, ele vagava e o dia não aparecia. Mas no fim daquela noite eis que surgiu a luz que ele buscava. Não era a luz do dia, era a luz do mar acesa em poesia, que caíra em sua rede arrastada ao longo do gélido oceano. Como quem tivera riso o barco sorriu, e assim que o dia veio ele esperou ansioso pela longuíssima noite tenebrosa, a fim de ter novamente em seu seio a luz da porta que se abriu.
(Emanuel Souza)
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