terça-feira, 27 de setembro de 2011
das buscas que não entendo
A gente só quer o que não tem.
Pode ser polêmico se pensar isso, mas é.
Principalmente quando falo da vontade visceral, daquela vontade que é mais forte que a sua necessidade de respirar.
Eu também poderia dizer que a gente só quer o que não existe, exatamente por que criamos a imagem idealizada de uma coisa que nem ao menos conhecemos direito.
A gente não se contenta com o que é dado, gosta do que é buscado, inventado e rebuscado.
Gosta do inesperado, da ilusão, do que foge ao tato.
Talvez seja isso, essa vontade de alguma coisa que não existe, que torne a nossa existência uma essência plausível de se existir.
(Fernanda Costa)
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