sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sessão cerveja


Só fico hoje com você
Se me der um plano B
Tem cigarro?
A pedida do dia é degradar-se
- O que me agrada muito
Eis que minha essência
por demência mistura-se in vitro
Imito a leveza disfarçada
alçada nas pontas brancas cinzas
de uma névoa conflitante
sopra meu eu junto com a pirraça
fumaça que me leva, mergulha
e afoga-me em torpor

E tudo vira cinza
Sobe ao céu sem vergonha
Quando há de se tornar fênix?
E em chamas ferve meu frio
que surge depois da puxada
achada a viagem no meio do tempo
e o contento fora atingido
e perdido na velocidade de um segundo
imundo ... por que minhas mãos persistem?

Passa logo o cigarro, porque eu quero passar tempo
que relógio é bicho que rola solto
e não ponha ponteiros em mim!
Me dá só uma ponta acesa
na mesa descansa a nossa sobriedade
em idade de perdição
anunciação de viagem tragada

Ouça, é a sobriedade respirando
dormindo feito bebê indefeso
regado ao sono mais resto
- Mate-a.
e enterre a dez palmos da consciência

(Laelia Carvalhedo e André Café)

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