terça-feira, 27 de setembro de 2011

Inebriante silêncio



Só escuto o inebriante silêncio vindo de lá
Terra tão nossa, bem perto, excremento batido
Um terrível zunido no meu ouvido direito
Vindo da curva do estreito do belo torpor

Endoideces por tamanha visão frontispicial
Nem um pouco teu mal, eu desejo advir
Um canto sonoro, surdo e estrondoso
Nada além do impossível haverá de existir

Não reclamo dos gritos neste oco vão
Em virtud e de nem poder na lua tocar
Sem nenhum cismar, giro, giro permanente
Me faltam os sentidos, simples arquejar

Lacrimejar já nem posso, ardilosa ventania
Pelas janelas absortas entram e saem manias
Porque insistes em coisas difícieis me pedir?
Se inútil sou diante de tamanha grandeza.

Silêncio total e absoluto no recinto...

Alderon Marques

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