Fortes ventos, ar em movimento rajador
E-ventos de março, de maio, de setembro
Que aproximam e distanciam, alegria e dor
A apagar as velas e acender o candelabro
Com a fugacidade devida ao teu movimento
Semelhante a paixão que surge e logo se expira
De tão quente, vulcão, quase não se respira
Depois que passas, ficas vivo no pensamento
Trazes o barco sempre intranquilo a este porto
Desvias tua rota, rios adentro, depois o traz
Angustias o coração que te espera, a torto
Ressabiou em meus ouvidos e nunca mais...
A esperar por quaisquer que seja, leves sinais
E-ventos da vida, clamo-te, quando retornarás?
Alderon Marques
Nenhum comentário:
Postar um comentário