segunda-feira, 10 de outubro de 2011

E-ventos



Fortes ventos, ar em movimento rajador
E-ventos de março, de maio, de setembro
Que aproximam e distanciam, alegria e dor
A apagar as velas e acender o candelabro

Com a fugacidade devida ao teu movimento
Semelhante a paixão que surge e logo se expira
De tão quente, vulcão, quase não se respira
Depois que passas, ficas vivo no pensamento

Trazes o barco sempre intranquilo a este porto
Desvias tua rota, rios adentro, depois o traz
Angustias o coração que te espera, a torto
Ressabiou em meus ouvidos e nunca mais...

A esperar por quaisquer que seja, leves sinais
E-ventos da vida, clamo-te, quando retornarás?

Alderon Marques

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