sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Poliverso



Um intenso leão corre em meus seios
Carregando assim a livre docência
De transmitir a impotência de seu busto
Tão místico quanto a calçinha de Judas
Refutando as bondades do espírito domador
A abelha é um marisco que pousa no olho
De um verde salário que frita o mar
Cheio de velhos cagando para a previdência
Eu acordo a democracia com uma chupada
Disso percebo a queimada púbere da criança
Eis minha fala o jazz, no blues, no swing
Miles Davis dando sua língua no sovaco
De todos os brancos adestrados nas academias
De todos os ares baixando exus
Em qualquer choro convulsivo de drogados
A tevê encarna a santidade puta de deus
Conseguindo assim mascar cerebelos e limpar
A tesoura com Danone e bombril
Vejo, vejo a eternidade da revolta moribunda
Conseguindo resistir ao medo
Sala de estar, remédios, fraqueza, tosses, controle remoto
Cadernos de apontação, Giordano bruno, Fausto, Demócrito
40 graus, sátira pornô, esses alimentos que evacuam pela
Sinagoga dietética removem a casca grossa das princesinhas
Pra que invocar? Pra que 16 gigas de 1 tera de terras
Em versos teknós?
O homem respira cinzas ovais
E transpira calmantes em forma de confinamento
Fundindo a alma robusta em carne pinicada
Um fazer tranqüilo suga o bem abaixo que
A molecada bate e rebate enquanto descobre o toque


Bruno baker

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