sábado, 15 de outubro de 2011

À solidão



Acontece sempre por acaso, e..:

Aliás, eu já sei que de tanto, que de perto ou de longe, a estrada ainda vai errar em meus vestígios, em seus coros. É uma sina: não ver onde devemos deixar as mudanças, encalhadas, com a pá da indecisão. Difícil é esse rumo de chegar onde eu também não sei se dá para voltar. Cadê os freios dos corredores?
Mas eu posso agüentar tanta paciência vinda do seu olhar. Se ainda choras em vento, em carne, em coragem; Leva a vida, leve, em outro cais. Estarei lá em pedra para jamais querer parar de em ti, me acreditar. Somos capazes de querer as ondas do doce mel do meu frio calor. Voltar para nunca mais saber que nada vai acabar, na parede, na esquina escura da memória. Cantar-te-ei, em fios de liberdade, em voz louca, o único interesse: os meios em nós, que participa em ação na cidade, nas veias claras da maldade. Um sacrifício necessário, a nossa espera nunca teve fim.
(Rosseane Ribeiro)

Nenhum comentário:

Postar um comentário