segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Uns choros



Havia uma época que eu não gostava de chorar.

Engolia, me irritava, mas não chorava.

Depois, eu aprendi a chorar.

Chorava quando meu corpo e minha alma eram levados ao limite da dor.

Ah, e esse meu velho amigo tempo...

Ensinou-me a chorar só quando necessário

para aliviar meu sentimentos, bons ou ruins.

Com o passar do necessário

Veio-me o “preciso chorar”

E a chorar por qualquer coisa, momento ou esquecimento.

E agora?

Agora sou uma mistura insensata, mas essencial:

Chorarei, mas, somente, a mim, for preciso.

Independente de qualquer objeto direto, indireto ou indeterminado.

Hoje, bem menos que antes ou bem mais do que penso

Chorarei por mim, não mais por você


(Carpaso)

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