sexta-feira, 17 de junho de 2016

Para barrinha, para cidade


Natureza que clama retorno urgente,
rotina que arranca o tato do peito,
passo pesado no chão que nem sente,
tempo progresso que não tem mais jeito

Pedra de seixo, mergulho de rio,
os pés respirando na terra molhada,
a lua convite pra noite estrelada,
Leveza e harmonia por horas a fio

Tuas filhas e filhos no árduo resistem,
enquanto o tempo suplica um final,
cidade seguindo um tratado triste,
no aguardo do caos programado fatal

Aurora, aroma, real desafio,
pro disco voador fazer de chegada,
com alma aquecida na fita encarnada
segundo infinito de bom arrepio

André Café

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