domingo, 11 de setembro de 2011

Esse espelho é meu!

Se eu me viro sem avesso, acho que padeço nesse nó que me laça, que me estica, que me faz ceder. Sou uma configuração sucinta de sorte e de dúvida. Gosto de dançar com a solidão. Gosto do gosto solto que ela tem. Tem sabor de beijo, de cor e de desejo. O gosto dela é pra quem sabe soltar-se sem ter se prendido, amarrado, junto ou sem ter nada. Sem voltas, sem nada, mas que preenche ao mesmo tempo.

Gosto da música que sou, do chão que sou, do perfume que sou, do suor que sou. Sou só e gosto do gosto bom que eu tenho. Like it... pisei no chão!

Gosto de exagero, esse meu, esse dobro, esse eu sozinho e junto, com e sem alguém. Em muitas partes só se vê uma delas, e são muitas delas. Às vezes aparecem muitas no espelho, em sonhos, em insônias. É você quem têm. Ah, mas quem me dera não sufocar-te tanto com essa ideia de bem- me-quer- as-ssim. Se eu tivesse a sorte de não querer que tudo que fosse meu, saísse de mim, eu iria sem voltas até o fim do comprimento, em passos qualquer. Quem me dera, meu querer fosse em partes poucas, em particular.

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