quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Lamina


Soltei-me sem rédea cantando

quebrando versos no meio da caatinga

ofegante, passo cheio de mandinga

alavanca o balanço do pé banzeiro

pinotei no samba de terreiro

cantando a lua em batucada

escrevendo no céu da noite calada

na magia, na dança, o devaneio

translúcido com o peito quase cheio

num rabisco poético veio o sol raiar

sem monocromatismo de um xadres

dizendo: mais uma vez vou te esperar


(MarcoFoyce)

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