Bem sabido que arriscado é o viver
Arisca a isca fisgante que te puxa
A te riscar do mapa beligerante
Um bocado de ideal que se perde
Ao passo não se vive sem arriscar
Contradição basal sempre imposta
Aposta que consegues dar um passo
A seguir mesmo que te arrebente
Para isso uso um lápis e compasso
Um risco eu faço, pedaço de mundo
Imundo trajeto, o corte inefável
Sujeito a emergir do alfabeto
A letra não morre, do nada eclode
Sacode o ser com toda a violência
Mas que pertinência ação veneranda
Na iluminada varanda da rede caiu
Arriscar é preciso petiscar já nem veio
E nesse entremeio um pedaço faltar
Porém nesse balançar som estridente
Já leve nem sente a intensa mudança
Operação em fase de conclusão!
Alderon Marques
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