segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Pra depois que a Chuva Passar



Menino  do buchão, Corre pro terreiro,
Pega as vasilhas, cobre o fogareiro,
O tempo tá fechando, lá pro rumo da estação,
E acho que essa chuva não vai pro maranhão

Os trovejo vão rompendo, depois vem o clarão,
Todo mundo se ajeita para assistir,
A fumaça saindo do asfalto, do telhado das casas,
A vila alagada, o cheiro de terra molhada,
Os pinto correndo procurando poleiro,
As crianças brincado lá fora,
Do lado de dentro a casa cheia de goteiras.

A chuva choveu em
Teresina;
Limpou os meus versos minhas poesias;
A chuva choveu em
Teresina
Renovou o meu sossego minha
Alegria.

Os homens tomam pinga, pra se esquentar,
E os sem costume, roupa de manga comprida
Pra ir passear,
Preguiçoso liga pro chefe, não vai trabalhar,
Mulher de firmeza chama o marido, pra namorar,
O “tempo” esquenta enquanto a chuva derrama,
Uma nova vida começa, em cima da cama.
A chuva choveu em
Teresina;
Limpou os meus versos minhas poesias;
A chuva choveu em
Teresina
Renovou o meu sossego minha
Alegria.

E quanto a mim, vou guardar as minhas magoas,
Sofregar minha tristeza,  não vou mais aturar,
Cantareis os meus versos perdidos, mas só depois,
Que a chuva passar.

(Malcon Barbosa)



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