Amar nada mais é que caminhar de olhos vendados a beira de um precipício de douradas rosas. Quando me perguntam se já amei respondo em meia boca que sim. Ainda ouso discorrer mais, amo porque meu amor não se limita a pele – transcende, pois sou sujeito do amor por completo.
Minha carne, meu pensamento, minha vida como um todo quem sabe é amor. Não amo com palavras ou glorificações – deixo esse fazer para o clero... A salvação da carne não pertence a mim, quem precisa ir para o céu fuja para uma igreja. Falo do amor como um ato de sensibilidade humana, ação cada vez mais inexistente entre os ditos “sapiens”, amor de quem quer e pode e quer dar.
Sentimento sem jaula... Pois o amor não é um bicho que deve ficar preso dentro de um corpo – tem quem diga dentro do coração. O coração é uma bomba de sangue, o cérebro sim é que muda tudo. Ele causa dor, corrói a alma, amplia sentimentos e eliminam outros.
O sujeito que ama por sentir compaixão é amigo, o que ama por querer bem é parente e o que ama como todos os sentidos são amantes. O que resta adivinha é com qual intensidade são seus sentimentos por cada pessoa. Cuidado para não confundir sentimento com caridade, sentimento tão complexo quanto os outro mais que pode ficar para outra discussão não é mesmo.
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