terça-feira, 11 de outubro de 2011

FESTA DE DESPEDIDA

Quem dera entregar-me ao grande sertão
E deixar a vida ser bicada por um ou dois carcará
E em menos tempo, tudo dissiparia em brisa fria
Nativa do teto a teia de uma aranha vinha me prender
Planando sobre a cabeça como um marca-ponto
E no espigão da teia, um laço, uma amarra do fim
Talvez fosse melhor não dar trabalho, ou dá?
Mas como se chamaria tal despedida?
Suicídio ou assassinato?
Que nada, seria apenas um salto
Um pulo de criança – Foi um susto: diz a mãe.
No fim em canto popular, era tão bom o garoto
Inerente a sua história, tudo seria festa
Comendo biscoito e tomando o chá - tal vez das cinco
E tudo terminaria em uma festa de despedida.

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