quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Luneta para dois



Na palma da terra depilada
Encarei um viveiro púbere
Minhas mãos apalpavam a igualdade do teu senado
O rótulo era empinado
Teus músculos enfileiravam a rotina empresarial
Nosso café eram potes de graxas salinas
Mamãe me chamava de freira cabotina
E meu pai me usava como leite-moça
Agora mais do que nunca me chamo “a dois”

(Bruno Baker)

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