segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Na lombra da Sapucaia


No meu canto capoeirado
andando no batido chão arado
no espaço refaço todos os caminhos
espinhos, meu coração rendado
recortado, reprimido, despachado

Eu achando pedaços de realidade em copas
das mangueiras em mandalas de acaso
'se o caso é chorar', faz mar
mas lembra da dança, na lombra da Sapucaia
gandaia é o que insiste em ser a cura

Não procura a chave de todos os amparos
ou todos os resultados do desejo escondido
erguidos em vãs sentimentos
os momentos se desfazem
recaem sobre meus ombros

deixa que os escombros renascem
e diluem a dor calçada na margem
da ponta da lança da permissão
então,
cerão serão indispensáveis

(André Café)

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