segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Lua cheia: prosa em poesia
Eram dois corpos ocupando o mesmo espaço
um sabia que dentro do nada existia um escuro,
o que já deixava de ser nada,
mas o escuro era um vazio
que de tudo o alimentava
mesmo sendo nada.
O outro fazia questão
de se mostrar hermeticamente fechado,
como se nenhuma partícula de poeira
pudesse contaminar seu precioso ar,
e já não entendia se era possível
respirar num ambiente tão rarefeito.
Foi então que o nada
deu lugar a cores menos cinzas
e que a estufa se abriu para oxigênio.
Sabe o que aconteceu?
Choveu cores e sonhos!
Yana Moura
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