segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Porto Alegre
As estrelas que eclodiam em uma noite enluarada
Tornavam-se tochas de fogo que
Por mais distantes
Aqueciam os corações gelados
Que derretiam como as geleiras de El Calafate
A bela Porto Alegre
Dormia
Em revoluções esquecidas
Despedidas frustradas
Dúvidas acerca do tempo
E todos permaneciam tolos
No despertar dos oprimidos
Que imploravam liberdade de expressão
O metabolismo ainda era lento
Jovens apaixonavam-se por navalhas
E famílias desapareciam no horizonte
Enquanto um rapaz tocava acordeom
Em um beco sujo e escuro
As notas musicais surgiam como ladras de memórias
As dores e náuseas que se escondiam
Na escuridão dos pensamentos
Fugiam para as profundezas do Guaíba
E os sonhos inimagináveis de todos os solitários
Ocupavam o lugar dos pesadelos que atormentavam crianças
E a chanson que saía do acordeom
Roubava o lugar dos zumbidos dos insetos
E acompanhava o zunido do vento
Até findar na Free-way
(Laís Grass Possebon)
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Uma cidade muito boa de estar, lembro da beira do Guaíba, do RU da Ufrgs, ^^, da Faculdade de Comunicação, assentamento do mst com ponto de cultura, dos sanduíches gigantes, da la minuta, nossa tanta coisa massa
ResponderExcluirda cerveja POLAR *___________*
ResponderExcluirAgora, sobre a sua poesia: sobretudo crua, mostrando as disparidades com uma sutileza e força, as possíveis 'portos alegres', qual aquela que sobrepuja a outra. muito bom
ResponderExcluiralgumas impressões que eu vi, não só as benesses, remontam perfeitamente o que seu poema propõe
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