quarta-feira, 22 de maio de 2013

Delírios



Fogem de mim a inspiração para escrever.

Por quê?

O que eu deveria fazer para que a essência poética

inundasse meu peito, transbordando-o de sonhos,

fantasias, e desejos incessantes de expressar

tamanha ciranda de alegria através das palavras?

Não, não sei.

Será que a fonte secou?

Será que não mais escreverei versos?

Será que não mais ouvirei o que diz meu coração?

Será que estou ficando louco?

Será que já sou louco?

Resta-me a morte.

Não mais terei forças para viver.

As palavras são minhas artérias.

Se me faltam, morrerei.


José Neto Formiga

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