quarta-feira, 22 de maio de 2013

O rosto



de Davys Sousa (07/07/06)
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Marcado pelo tempo, atravesso noites e dias
Às vezes ledo, às vezes triste.
Triste fosse a quimera de um homem
Antes em suas fugazes horas.
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O choro abafado atrás da parede
É senão prece ao que se parte,
Desta resignação melancólica.
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Não sinto lamento às coisas fugidias
Pois, a todo momento me desfaço
Mesmo que minha alma venha a ter mil rostos
Expostos sob sua superfície, e mesmo
Assim vejo somente um único rosto refratado entre os mil.
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Sinto o tempo no rosto,
E olho a um horizonte imenso:
- Que triste não saber florir!

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