quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Elixir


Do gerúndio desprezar: os sentidos rigorosos, brandos, ofegantes, e que de alguma forma me regem e simplificam meu desespero dos passos perdidos. É, eu criei um chão onde ninguém consegue alcançar.

Com os dias contados, as horas estragadas em viagens ao passado, descobri o quão jovem é a incapacidade de não chorar e lamber os vícios dessa vicitude matinal, que encobre a passagem para a morte.

Com as sobras da coragem, oro pela imortalidade da alma em suscintas marchas por areias que penetram lentamente sobre veias e coração. Rastros que a vida há de ensurdercer em dias de serenidade e rouquidão. Interfiro na repetição de cores e amores para as sobras não sublimarem, lá na frente, a esfera perdida: o olho preso e quente...

É de se provar essa vida toda, que é feita, essa vida. Cercando o chão com os joelhos em pose de adoração, ergo as mãos para lacrimejar a íris e ver que o mundo todo olha por nós. O resto é quase banal. Rezo por tudo o que não há fim, em mim...

(Rosseane Ribeiro)

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