Bosch - Death of The Reprobate |
Sequioso por apenas um instante de deleite
ao sabor do Château Mouton-Rothschild 1945
apenas consumação adicional para os gozos encontrados nesta viagem
mas jaz garrafa vazia em prisões anteriores; ao que vejo uma taverna
O recinto adornado do escuro, ausência quase completa de luminosidade
destilava-se do fígado de um boi, o sangue servido a almas sedentas e vorazes em um proto balcão.
Ao fundo, garrafas, um velho com a cabeça baixa, fumando alguma substância que provocava fumaça azul
- O Senhor não é daqui não. Tem certeza que está no lugar certo?
- Ora, ora, ora. qual não é minha supresa ao ver também que aqui reside outro humano vivo. Mesmo de fronte decaída reconheço você. Saudações! Que peculiar encontro esse. Diga-me: está é a saída para sua menoridade? Fostes covardes ou preguiçoso?
- Caçoa de minha pessoa porque? Não estás aqui também participando de balbúrdia e anencefalia desvairada?
- Engana-se nobre pensador. Não estou em presente ou futuro, nem dimensão e espaço. Sou sóbrio sobrevoando vocês bestas que se degladiam por um pedaço de carne morta.
- Também não estou neste Universo Duque de Copas. Não vê que ainda vivo? Nã vê também que reflito a condição humana?
- Não me encha de lamúrias meu caro. Como sua razão pura explica esta realidade? E mais: como você se retrai e esconde nesta indiferença e nos resultados que interpretações de seus 'juízos analíticos' não tenha contribuído para o que vemos agora? Caro e nobre pensador, se quiser mortificar-se e ser apagado da história, faça-o você mesmo. Ou sustente e assuma riscos do outrora, agora e por vir. Se queres cair neste lamaçal nefasto se sentir para além do que a sua razão não concebe, faça-o. Neste exato momento. Verás que é experiência o subjetivo e sua alegoria terá circulação lógica em si. (...) mas antes de ir, uma garrafa de Château d’Yquem, 1784. E um brinde a moralidade do desespero!
Duque de Copas no caminho de Epizêuxis Semântica
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