segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
De casa
Espalharam meus sentidos em um simples gesto: o cheiro de flor do teu riso me pegou desavisado
Daquelas coisas que chegam sem nem bater na porta
Como se já fosse de casa.
como já se fosse ontem a vontade de hoje de te ver, como se fosse passarinho de manhã te chamando pra viver
Ou uma borboleta colorida que parece dançar quando passa na tua frente, de tão bonita, de tão sorridente
leva-me o mais profundo pesar, o tempo agora e sempre, é de amar
sigo, flutuo em seus passeios, que me causam de torpor a alegria, de paixão a devaneio
Devaneios esses que me pego à noite à fazê-los... suspirando, pensando, cantando baixinho e sonhando
sonhos em cápsulas do tempo, me reverberando o momento, me elevando ao movimento, de festejar, sonhar sonhando o amanhã em cores explodidas e sentimentos boreais, sou eu, você, o cais, nada mais perto, nada mais justo, nada mais necessário
E nesse momento tudo que sempre aparentou complexo mostra o lado bom de viver, de sentir as coisas mais simples da vida
para serem vividas, ecoando aromas, desejos e sabores, misturando afetos, abraços e amores
E o mundo passa a acordar sorrindo sem motivo, sem grandes explicações, sentindo e apenas sorrindo
Jacque Pinheiro e André Café
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