quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Pudera eu ser poesia


Pudera eu ser poesia
como o vento, esvaindo-se no tempo.
Semente sendo.
Pudera eu ser poesia
como o tempo, – intento da ciranda sem ritmo certo.
Acertando sempre a música do peito.
Pudera eu ser poesia
me apoderando da sombra com motivo
de sobra para ser refúgio.
Reino dos alívios almáticos.
Pudera eu ser poesia
fogo esquentando o frio
e afeto afagando dentro dores insolúveis.
Pudera eu ser poesia
luz sem sombra devolvendo a leveza
somatória das doçuras muitas.
Quisera eu ser na poesia
o Amor dignificando a Vida,
exaltando a Alma dos amantes – estrelas dos versos eternos.

Nayara Fernandes

Nenhum comentário:

Postar um comentário