domingo, 6 de outubro de 2013
Duque de Copas no caminho de Epizêuxis Semântica
Eu, relutante em reconhecer-me como própria carne
numa trajetória de asco, horror e sabor em ver as vidas em deterioração
cavaram tantas covas pra imanes pecados de existência
nada mais caminho que o próprio destino.
Deliciava-me poder sentir tudo tão perto
tão fuligem em copos do mais saboroso vinho
queria, ansiava, retorcia-me para tanto e isso
eis que o convite absurdo se torna meu mundo
E fui, desfreadamente me distando do humanóide ser
ao passo que livre estava, me prendia ao prazer do sangue
e me continha em soberbar o futuro infernal
sem saber que o golpe do destino seria ver meu anjo aqui
as cartas de dispõe, o jogo não interessa mais nada
o outro mundo padecia de alguma forma
meu encontro com Sócrates assim o fez?
Mas nada abalava aquele demônio
ao passo que a energia desintegrava todo conjunto de maldade
o riso para o soldado alado
era como o fim e o recomeço
que o nonsense me domine e me cause novamente sabor
Adeus minha filha, mas meu organismo não mais metaboliza
agoniza por lava e sofrimento
enquanto os incertos sorriso já estão postos
tenho convicção que a alegria alcança seu ápice no exato momento
é esperar a próxima jogada, rir da humanidade e me calar em destruição
Duque de Copas no caminho de Epizêuxis Semântica
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