quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cosmogonia de Zion II – Zion renasce no Sol de cada manhã


A névoa, a bruma, o sol que dissipa
É manhã em Zion, luz nas torres de plástico,
Artifício de viscondes e baronesas para esconder
O segredo da vida eterna, elixir de gotas divinas.

Descansam em folhas mitológicas os duendes,
Despertos para outra jornada, carregam-se de frutos,
Esperam a carona dos ventos incontroláveis,
Não sabem ao certo seguir os rumos.

Passeio de vista panorâmica, atormentada,
Olhos que se entreabrem nas curvas fechadas da travessia,
Perdem a visão sobressaltada da avenida,
Campos e bosques que somem nos morros.

Somem de mim também toda e qualquer preocupação
sinto o chão quase como algodão, sinto o ar quase como o convite pra sentir
e consagrar tudo em minha volta

Ao longe e a todo momento, eu vejo vários tipos de seres
Das mais tenras fadinhas bailando em anacronia
ao imponente louva-a-deus grená que passeia sobre minha cabeça
o Sol parece iluminar cada um na medida do que se quer
e como uma purificação, sorve cada cansaço da minha essência
os pés em terra, mas como se alcançassem o céu


André Café, Duque de Copas no caminho de Epizêuxis Semântica e Jorge André

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