Nestes dias não houve chuva na nossa roça de versos, ela está seca e até
as formigas nos atacaram...
O sol castiga, e nos deixa triste sem legumes de palavras, fica tudo sem
graça, é triste ver tanto plantio não brotar e flores a murchar, terreno árido,
mas úmido das lágrimas do plantador insistente, que teima em viver e dar vida
valente mesmo ardente, a si, aos seus e ao chão, que é seu ganha pão.
A determinação, a paixão, move os dias de sequidão, e no olhar triste,
brota esperança, fé de dias de plantação, com fartura de milho, mandioca e
feijão...
É o que enobrece o coração
daqueles que tem que matar um leão por dia, da fome fatia e ainda ter alegria
para manter a tez em riste, sem recorrer ao chiste, ir tocando a boiada, ir
tocando a vida, o corpo e a alma agradecidamente...
Ainda que de longe,
como perdido no meio de visão turva do sol do meio-dia, ouvimos um pouco de
violão, uma rede para aliviar tanta tensão, será muito? – Não! Mas prá gente sufrida
como nós é tudo de bão.
POR ALDERON MARQUES E NOÉLIA ALVES
DIA 12/05/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário