segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Não quero mais essa comida

















A cada sussurro
A cada suspiro
A cada pedido de socorro
A cada subida ou descida do moro.
Eu me espanto mais e mais,
Como as coisas deste mundo
Mundo sem freios, de desiguais,
Estão caminhando ao encontro da morte
Nos jogam na rua, como ninguéns, sujeitos a qualquer sorte.
E violam nossos sentidos e direitos.
Amargurados, perdidos. Famintos.
Eles, com fome de sangue, de suor e de dinheiro.
Sugam nosso amor, nosso espírito, nossa vontade.
Sangue-sugas arraigados de vaidade.
Não nos deixam escolha, saída ou solução.
Junta tudo numa receita só,
E nos dão de sobremesa após cada refeição.
Eles falam em educar, ensinar.
Já eu falo em manipular, em alienação.
Pois degusto isso todos dias antes do jantar.
Em frete da tevê, na sala de estar.
Já é tempo de provar outros pratos
Outros sabores, outros amores e outras amoras
Com outros atores, autoras e auroras.

Luan Matheus

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