Quando não cabem mais as palavras,
guarda teus versos na gaveta ali do lado.
Deixa pra depois essa poesia engasgada,
vem comigo um instante, celebrar outras artes.
Qual é a tua ânsia? Coloca pra fora,
ser de afeto que se desmancha no silêncio
de meus dedos, mudos, que se expressam
no passeio improvisado por entre tuas estradas.
Se não for suficiente, é o que podemos
neste cubículo apertado, se multiplicam
saídas para mundos desconhecidos,
rotas de fuga contidas em casca de noz.
E quando retornarem as palavras,
conta uma história pra gente se espalhar.
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