Suspensos espaços, exaltados suspiros
o mundo do ar não é meu, sou eu e não sou
se estou suspendido, não para de cima olhar
por vezes saltando problemas e deslizes
por outras em reverência às matrizes
do mundo natural e humano
da luta cabal diária e intermitente
o coração sente, flutua e desfacela
por isso em parcelas, pedaços, moinhos
o plano existencial não é meu, sou e não sou
somos, pela respiração do mundo juntos
e ligados, parcelas por parcelas
suspenso em demasia
num conto de fantasia
que dialoga com a vontade
de canto, sorriso e felicidade
André Café
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