Te acordo com suspiro,
e já suponho o que dirá,
a saudade consome,
quero ouvi-lo já!
Ah, tu não digas nada!
pois a saudade te trará
pior conseqüência de estar só
e um grito calado que lhe silenciará...
Que peito indelicado, este que te faz entristecer...
mas me traga tua boca molhada
acenda a graça do corpo nu
e faz os braços dormirem quando o dia amanhecer.
Pois venha!
Venha ser tu em mim,
Venha ser mim em você,
o que és me convém,
e o que me convém me tem
e se tu és aquilo que me fez ver,
então não digas nada,
deixe que o tempo dirá
e o ouça gritar sobre tua boca selada
e sobre a minha alma perdurada na tua
com o passar dos dias.
Raíssa Cagliari para L. B; 05/05.
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