domingo, 13 de maio de 2012

INDAGAÇÕES...




Para que filhos?
Nos mortificar entre falsos perdões!
Para que sacrifício?
Se não se quer se unir entre suadas mãos

Para que indagações?
Se não se tem o misticismo da verdade
Nem se quer em contramãos
Para que a vaidade?
Se não me olhas com cobiça
E nem tenta ajudar meus irmãos

Eu quero me prender em teu ego
Quero que me olhes com suspense
Me enfeitiçar no teu masoquismo
Ser tua revolta
Em gritos e gemidos
Não se esqueça da minha missão

Nu, cru insuspeito
Desfeito de qualquer crime
Para poder ser primário
Do seu imaginário
Entre a velocidade que te quero
Entre o desespero de não te ter
E só ver o distante sonho marcado por tua descendência
O sopro de fome do teu corpo, sem resposta de moralidade
Só assim, cor carmim, de ilegalidade
Me invade logo e para com essa fugaz voracidade
Me morde, me infesta
Me manifesta
Quando percebo estou na sua revolução
De ajuda
De permuta
De mudança
Para seu quarto
Até me integrar com seu corpo
E me aliar entre o devasto mundo que te ronda

Que te sonda, até causar dor

A misericórdia que te necessita
Me farei como o herói do seu jogo
Em quadrinhos até sem suspeita te salvar
E te deitar em meu corpo
Apenas para te admirar
E ver que você nasceu para em meu corpo
Supor, causar

Que seja revolta entre travesseiros
Que nos aliamos entre lençóis
E façamos filhos para nos despertar desse límpido
Delírio de lençóis.

Como um tranquilo pescar com anzóis
Na beira de um rio caudaloso
Aquele ar majestoso
E uma ansiedade infantil
A clamar por novas fisgadas
Que mesmo exercitadas, excitadas
Sejam leves, humanas e lentas
Para que o mais simplório
E mesmo o mais sublime
Momento seja aproveitado
Bocado por bocado
Peixe grande e suas maravilhosas histórias
Das mais tenras às recentes glórias
De criador, multiplicador de seres
No dia ou noite aconteceres
De uma continuidade advir
Não agora, mas num por vir

Por Alderon Marques, André Café e Myrla Sales
Dia 12/05/2012

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