Eu vou tirar você de mim.
O gosto do teu beijo ainda está em minha boca,
o beijo que eu nunca senti,
que eu nunca hei de sentir.
Seu perfume ainda está impregnado em minhas roupas,
um perfume que eu nunca aspirei,
que nunca hei de aspirar.
Você ainda está na paredes do meu quarto,
quarto este que tu nuncas há de teres entrado,
meu travesseiro ainda espera pelo seu repouso,
que eu sei, com certeza, que ele jamais virá.
Os meus pensamentos ainda acompanham a sua vida,
vida que eu já não sei mais o que se passa,
vida que passou a ser vivida alheia a minha existência.
Eu ainda espero você chegar,
a mesma hora que chegava antes,
e desse esperar, passa-me o infinito.
E talvez só o infinito seja capaz de fazer-me esquecer de ti.
Raíssa Cagliari; 02/05
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