domingo, 13 de maio de 2012

Que inferno.



Entre o delírio e o grito, mais um copo de cerveja.
Um brinde!
Ai meu peito.



Precisa-se sobreviver por mais uma noite
e sobreviver é quase morte,
então para isso existem as doses
estas,  violentas de qualquer coisa
largados em plena sorte
de qualquer bar,
de qualquer casa
em qualquer lugar. 
Sobreviver no meio da rua com o corpo ardendo
febril, 
transcendendo a carne, 
cortando em pedaços o corpo, 
fazendo de si um poço 
de álcool e gritos 
enquanto a sobriedade de uns mutilam
e as dores que se mutiplicam
nessa juventude sem vida, sem fim. 
doendo, mutilando, explodindo
dentro de mim, 
acabando por torpor
de um abraço inesperado.


Raíssa Cagliari

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