segunda-feira, 25 de junho de 2012
De quando falta um mundo inteiro
Não houve lágrimas, não houve explicações, não houve alarde.
Simplesmente o chão se abriu e o mundo caiu.
Uma queda sem fim, bem dentro de mim, como das lágrimas que teimaram em não sair.
Sumiu debaixo dos meus pés. Meu mundo não se partiu, não quebrou, não fez barulho dentro de mim.
Talvez, ele tenha cansado de ser meu.
Foi isso! Cansou de ser chão, paredes, beijos e apertos.
O meu mundo... Meu mundo não é mais meu.
Cansou. Usou, abusou e sumiu.
Aqui, restou só o vazio, desses de quando falta algo.
De quando falta um mundo inteiro.
Vaz da Costa
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