segunda-feira, 25 de junho de 2012
Canção do futuro
E quando tornam as palavras versos
E eles irão te lembrar no futuro
Onde não estarás
Morrerás, mas ficará
A promessa que fizeste enquanto escrevia
Toda a liturgia da verdade e sinceridade
Quantas vozes cantarão sobre ti,
Homem que fala versos eternos?
Sobre hoje, sobre ontem, sobre os ventos
Pois de ti não sobrará o pó de si mesmo
Mas as promessas das palavras rimadas
Brilharão mais que a eternidade
E cessarão todos os montes ao chão
Cairão os céus e a terra
Mesmo assim, cantarão, mesmo sem canção
Tuas canções que fizeste, solitário
De tudo que tiveste sentido com, sem dor
Tuas melodias frenéticas e maduras
Melosas quase todas cheias de amargura
Ficará sobre ti, triste cantor
A lembrança de que foste benfeitor
Que falavas de um tal de amor
Pois lá, no futuro presente
Não se sente, somente em palavras
Se verá que um dia falaste
Falaste sobre o que não causa dor
Mesmo sentindo murmúrio
Mesmo cansado de sofrimento
Cantavas sobre o amor
E esquecias tudo quando alimentava
Esta esperança insaciável
Cheia de vigor, de calor
De amor...
Por isso cantarás, meu filho
Porque quando ainda vivo,
Viveu a verdade,
O amor...
Marcos Paulo
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