quarta-feira, 27 de junho de 2012
Labor grave em suave fantasia
É quando o olho simulando vivacidade me avisa:
"Já chega. Essa é a hora de inserir o medo."
O que poderia parecer o alívio, tornar-se horror a cada instante
o corpo pesado, cansado, mas buscando incólume situação
Não, não, além de mim. Cravando as sensações vez em quando
torpor jamais abraçará minhas incertezas; noutra via,
serei exposto para meu maior condenador: eu e rudez normativa
tingida de fé e inocência em lugar algum da mente
O sono vence, o organismo despenca, olhos fechados
num segundo apenas o sonho se transfigura,
murmura doces e requentadas pré-ditações
impõe o labor grave em suave fantasia
André Café
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