quinta-feira, 28 de junho de 2012

Cosmogonia de Zion I


Entrava secreto na tua floresta, com passos descalços querer desvendar
sobressalto, nem possa perder as fronteiras, anéis e barreiras, Saturno à porta
O que importa agora? Se meu corpo está flutuando ao teu sabor!
Não é torpor, nem solitude rude,
sinto o fulgor sereno e sorrateiro, brisando no meu ser
enquanto me movo para algo ou algo se move para mim
é chuva estrelar me acompanhando, o rabo do cometa corneta-me flores de oiti
em mim, o que passa um século de ida são segundos saborosos
agora a floresta parece me abraçar num convite

Atravessado palpite, atravessado universo paralelo
pois já côncavo convexo, um pleno reflexo
para além de qualquer espelho, especular, espetacular, estelar, estrelar
de uma galáxia tão distante, mas tão próxima de mim, de ti e todos nós ...

É Zion que se manifesta! Com sombras de raízes encravadas no busto inerme da solitude!
escolhendo flores no leito das corredeiras que turbilhonavam e revoluteiam conspirações de laços feitos em tons de anil!

Num pulo, o olhar se fecha
no abrir de sensações, já estou, já sou, já nidifiquei
sou sublimada nuvem, no cume do sopé, no alto beira mar
Quiçá não seja sonho, não é, de pé
vista boa, boa, sauve, samoa
vinto até mim, serafim ou início?
muitas vibes relegadas cá estão. Vamos irmão?

Na praia neônica, sigo a dança
o Duque de Copas no caminho de Epizêuxis Semântica, romântica ebriedade
me leva ...
começando
começado
Zion

Alderon Marques, André Café, Duque de Copas no caminho de Epizêuxis Semântica e Jorge André



3 comentários:

  1. Eu achei uma ótima construção inicial para uma genealogia que nunca findas...

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  2. Pois é socio Alderon Marques, zion parece flutuar e estar em todos os lugares e de diversas formas. Essa cosmogonia terá vários e vários capítulos!

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  3. sim e a presença deste obscuro poeta. vamos que desvendamos?

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