Pra ti
Matuta na beira do lago, pensa, pensa sobre a vida,
já não é mais aquela criança no colo do pai,
sorrindo na ciranda dos dois, cabelos voando,
os pés fora do chão impulsionavam centrifugamente.
Hora de assumir o controle? Talvez o mundo peça,
mas a pedra estilingada em leito d´água não responde,
reverbera nos próprios reflexos, deixa de se contorcer ,
estaciona e afunda sem apontar soluções.
Suspensa nas pontas dos pés, garota interrompida,
continua até hoje aos devaneios, se vai ou se fica
ou se deixa levar pelas ondas da felicidade
correnteza de sensações, abre os braços e se joga.
Apesar de tudo, não procura rédeas,
e não ser que ela mesma conduza.
Veio em busca de liberdade, de autonomia,
de poder gritar ao mundo seu crescimento.
Tira de tua cartola mágica universo que se descortina.
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