quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Me abandone
Olhei o tempo e pensei que em alguma era passada alguém o reparou também,
Eles iludiram você...
Os dias escoam como águas resolutas e pesadas,
Estamos apenas enchendo nossa vida de coisas inúteis?
Reis da razão sempre guiados pela emoção e a dor.
Querendo sempre o papel de destaque mas sempre como coadjuvante na vida,
E aí vamos empurrados a receptáculos desconhecidos,
Apresentados ao... nada e ao tudo.
Rompendo nossas veias, espirrando o sangue de nossas mentiras,
O glóbulo de nossas máscaras,
Fugindo dos lagares de nossas mágoas e feridas,
Por um momento...
Regurgitando o que abominávamos,
Tecendo a teia de nossas veredas nesse fio tão frágil...
Busco-te entre as florestas da vida e te encontro numa caverna de Platão,
A escuridão te cerca e recusas a olhar a luz e viver,
Viver realmente e abandonar escuridão da ignorância e a massa que impera!
Me abandone sendo comum, antes que eu me abandone...
Marta de Paula
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