quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Por que poesia?


Eu não queria
há tantas no mundo
que se moveram pelo tudo;
o silêncio indesejado
de certa forma, descontrole
e a poesia salta feito precipício

Pudera me mover apenas por sorrisos
mas o tiro que se abriga a cada dor
toma conta, possuído por um ímpeto indomável
rabisco até o que eu não sei
sobre o que eu não vivi
mas que me aperta o mundo
sufoca a voz em tristeza e melancolia

Por que poesia? Por que poesia?
eu não te quero pranto
eu não te vejo sofrimento
mas você é toda tua
ora minha vontade,
ora o impossível

Eu não queria que a tristeza me movesse
mas já se vão tantas escolas e poetas
que assim lacrimejaram seus passos
e um universo por vir desse sentir
não te quero assim
mas assim se fez
não será dessa vez
que de ti me desfarei

André Café

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