sábado, 24 de dezembro de 2011

A indelével tragédia do ser ao amar



Ao momento único e pleno em amar
é a humana, maior das vontades
e se desprende ali, mil energias
para saborear tais afetividades

Um mito alcançável, por ritos ou jeitos
amar é perfeito, pra carne e pra alma
que almeja o imediato contado com o ser gêmeo
e que o pequeno se exploda em grandeza e felicidade

Mas jaz no próprio peito
de humanos, na práxis, frios
o calor e o ensejo
de amor tão trovador

Encastelam-se horizontes
tornam fatos em mitos
execrando logo em fonte
sentimento infinito

Volta os olhos para vazios decantáveis
o reflexo intransigente, dilacerando possibilidades
afeto?humano? amor? ruma-se, indelével ao posfácio
da derrocada da carne perante a própria carne

André Café

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