quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Desmétrica 4
Se via agora o poeta
traçando no descaminhado
tranquilo pois fez de sua meta
poema desmetrificado
Porém como baque primeiro
a vida em fel sutileza
mostrou ao poeta treineiro
a ira, vingança e avareza
A métrica fora da linha
de textos, de versos casados
agia com a força que tinha
nos rotos zumbis apressados
Metrada é a rotina vil
em busca de ostentações
calada, cegueira senil
calcando as alienações
Poeta que ri e que chora
foi livre só por um instante
apressa-se então sem demora
em busca de força rompante
A pompa que ainda reluz
ataca, torpe covardia
em desníveis baixos, seduz
os lapsos de rebeldia
E agora liberto poema?
em novo momento fatal
dual poesia x problema
anseio de amor visceral
(André Café)
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