Chess player -Kay Isselhorst |
É de vento
No vento, a estranha nuvem se dispersa.
Ouço a canção que de longe figura-se:
Não ouça...
Não ouça...
O silêncio daqueles olhos falam.
Tomo um alazão imaginário.
Em um galope desordenado,
Passeio pelos campos da incerteza
(e o passado é inseguro...).
Torno à casa que ontem, neste pesadélico horário,
Dormia em demasia.
Distante dos tempos terrenos.
Mais perto dos tempos mentais?
Encontro novamente a melodia que de longe vem.
Me desfaço nos desejos, me refaço nas melodias.
Teimo em tentar entender os desfechos,
Das agonias e das energias...
(Me falas alegre de teus dias vivendos.
Recebe minhas palavras como cantos.
Dás-me teu ombro (teu desejado ombro...) de aconchego e consolação.
Enquanto teus olhos existem...)
Em teus falares e tua boca.
(Perdão se menciono a visão dos distantes planetas.)
Em teu sutil passo,
de passagem singela,
de falar singelo.
O que lhe distingue, está lá.
(Agora o poeta dorme por sobre singelezas.
Há de sonhar...)
Pedro Sena
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