Nasci para ser livre
Não sou feita para os grilhões que você insiste em por em
mim
Sou ave ferida de tanta dor
Bato fragilmente minhas asas em busca do sonho de outrora
Minhas pobres mãos não se prendem
Não se detém
Nem para segurar
Nem para afagar
Meu coração é canção para poucos
A melodia não chega aos ouvidos de todos,
Nem pára
Ela voa, levemente com o vento
Meu corpo é som
Impossível de se conter
Minha mente é ar
Delirante, ar
Flutuante nuvem no céu
Nenhuma palavra me basta, não diga nada que não seja verdade
absoluta
E que ao mesmo tempo seja efêmera
De pouca duração
Pois o tempo é areia que escorre pelas mãos
E o fim é uma eterna reticência
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